A recomendação feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) para que a Prefeitura de Dourados corrija o que classifica como “precário controle da dengue” no município motivou a vereadora Virgínia Magrini (PP) a cobrar respostas do prefeito Murilo Zauith (PSB).
“É preciso esclarecer essa situação para que nós tenhamos condições de cobrar as devidas providências e assim evitar que a população seja penalizada, acometida por doenças que podem levar à morte”, pondera Virgínia.
Segundo a Promotoria, existe dificuldade na comunicação oficial dos casos de dengue e outras doenças no município porque as unidades e profissionais de saúde nem sempre preenchem o formulário de notificação devido ou o preenchem de forma deficitária, o que inviabiliza o acompanhamento real dos casos identificados.
Além disso, o MPE revelou que ao confrontar os dados lançados pelo Município no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) com os registrados nas unidades de atendimento, detectou-se que as unidades possuem controle próprio precário e/ou inexistentes dos casos de Dengue que identificam.
Para piorar, foi constatada a existência de áreas do município sem cobertura de agentes de endemias. Por isso houve a recomendação para que a Secretaria Municipal de Saúde contrate no prazo de 60 dias pessoal para suprir todas as áreas não cobertas com agentes/fiscalização de endemias.
Ciente dessa situação e preocupada com a ocorrência de casos de dengue e da febre chikungunya, ambas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegyti, a vereadora Virgínia Magrini endereçou requerimento à prefeitura questionando “quais áreas do município não estão cobertas pela atuação de agentes/fiscalização de endemias, qual o motivo para a não cobertura dessas áreas, quais ações a prefeitura tem executado para suprir essas lacunas e em quanto tempo essa problemática constatada pelo MPE deve ser solucionada pela prefeitura”.