O vereador Madson Valente (DEM) se posicionou contrário à criação de cargos de confiança na estrutura organizacional da prefeitura, que faz parte do projeto da reforma administrativa que foi votado e aprovado durante a sessão ordinária, realizada na segunda-feira (10), na Câmara Municipal.

Para o vereador, não se justifica dentro de uma estrutura administrativa, onde a gestão municipal, segundo o vereador, já nomeou 546 cargos em apenas cem dias de governo.

"De repente dentro do projeto de reforma administrativa a prefeita de Dourados pede autorização para criação de mais seis cargos de confiança com salários vultosos, pois estes proporcionam impactos de R$ 42 mil por mês, totalizando meio milhão por ano", enfatizou.

Madson questionou a reforma ainda ao ocupar a tribuna, visto que segundo o vereador, toda reforma teria que ter como conteúdo principal a intenção de diminuir gastos, no entanto a mesma prevê aumento de despesas, contrariando o cenário econômico que o Brasil está vivendo. O vereador acredita que seria prudente a contenção de gastos, adotando maior zelo pelo dinheiro público.

"Fui enfático e me posicionei firmemente contra a proposta de criação de cargos por compreender, que a sociedade douradense não admite que a prefeitura, da segunda maior Cidade do Estado, se transforme em espaço para contemplar alguns privilegiados. Para mim é descabido, no momento que a prefeitura cortou transporte de alunos da zona rural, cortou contratos de recuperação de estradas, cortou projetos de atenção aos idosos nos distritos, como posso votar um projeto desta natureza? O que vou falar para nossas comunidades? Prefeitura corta tudo que atende a zona rural e nós vamos compactuar com isso?", desabafou o vereador.

Ele também considerou a reforma administrativa como algo muito frustrante, pois não apresentou nada inovador. Ponderou que esta reforma não conseguiu dar uma compreensão de qual seja a filosofia do atual governo. A conclusão que se chega é que embora o projeto fosse robusto, havia na verdade como pretensão maior apenas criar mais cargos na estrutura administrativa, ficando explícita a intenção.