Entidades e movimentos sociais ligados à pauta racial têm se manifestado em apoio ao Projeto de Lei (PL) 43/23, que trata sobre a reserva de vagas para as populações negra e indígena nos concursos públicos municipais. O PL está na pauta da sessão ordinária de hoje (15) da Câmara Municipal de Dourados, quando a professora Cintia Santos Diallo, doutora em História e com pós-doutorado em Relações Étnico-raciais, ocupará a tribuna livre.

Diallo é coordenadora do Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia (Cepegre) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e participou dos encontros realizados nas últimas semanas com representantes de outras instituições para adequações no PL, de autoria do vereador Elias Ishy (PT). Na tribuna, ela discorrerá sobre as políticas de ações afirmativas no Brasil, em especial as reservas de cotas.

Nas atividades, realizadas na Câmara e no Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted), somaram-se aos trabalhos representantes dos educadores, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – 4ª Subseção de Dourados/Itaporã, do Conselho Municipal de Defesa e Desenvolvimento dos Direitos dos Afro-brasileiros (Comafro) e do Quintal dos Palmares – Centro Cultural de Valorização e Divulgação da Cultura Afro-brasileira e Africana.

Ishy volta a lembrar que no ano passado a Lei de Cotas Raciais no Brasil completou dez anos. "A Câmara de Dourados tem em mãos a possibilidade de corrigir uma desigualdade histórica e garantir os direitos das populações negra e indígena no município. Vamos, juntos, lutar por isso”. O Quintal dos Palmares divulgou uma carta pública, na qual solicita assinaturas de apoiadores.