20/02/2018 07h11 - Por: Assessoria
O vereador Elias Ishy (PT) alerta sobre a necessidade de debater políticas públicas de segurança. Segundo ele, há um aumento nos casos de violência registrados em todos os Estados. Em Dourados, os números superam até mesmo os da capital em casos de assassinatos no ano passado, proporcionalmente ao número de habitantes.
Ele lembra que é preciso, antes de tudo, avançar na infraestrutura mínima, social e urbana, na valorização profissional e melhorar os investimentos na área. Ishy acredita que quando se inviabiliza verbas acaba fomentando o aumento da violência. É o caso do orçamento de 2016 do governo federal que era de R$ 6,1 bilhões para segurança pública e em 2018 caiu para R$ 3,9 bilhões, além de um contingenciamento de R$ 1 bilhão.
"Quem sofre com a falta de recursos e a perda de benefícios sociais provocados pelos cortes nesta área, bem como em saúde e educação, é a população", afirma o vereador. Para ele ainda, a política de segurança, geralmente, é pontual, portanto provisória e limitada ao tempo presente. "Temos que trabalhar com uma política de Estado, buscar resultados em longo prazo e não a curto para fabricar apenas efeitos eleitorais", completa.
Para tanto, Ishy acredita que é necessário que a sociedade desperte para a importância da luta social em defesa das políticas públicas, como é o fato recente da "Reforma da Previdência". "Precisamos sensibilizar as pessoas e cobrar do governo legitimidade", diz ele. O vereador lembra o caso da mobilização da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) com o tema da campanha da fraternidade deste ano: "Fraternidade e superação da violência" e o lema "Vós sois todos irmãos" (Mt 23,8).
O documento aponta formas e tipos de violência no Brasil, dando destaque às praticadas contra os negros, os jovens e as mulheres, geralmente, os mais vulneráveis no desmonte aplicado pelo Governo Federal. Para a CNBB, a corrupção, como o desvio de recursos, acaba promovendo a miséria o que também seria um tipo de violência. "Não podemos aceitar que os mais pobres arquem com os maiores sacrifícios", finaliza o vereador.
